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Marcelo Rebelo de Sousa

Presidente da República pede luta contra discriminação na saúde mental

O Presidente da República afirmou hoje que é preciso lutar contra a discriminação das pessoas que sofrem de doença mental, recordando que Portugal, na década de 1950, não tinha nenhuma política de cuidados de saúde mental.

“Ainda me lembro de quando a minha mãe trabalhou na área da saúde mental, há muito tempo, na pré-história, nos anos 50, eu era uma criança. Não havia nada em Portugal, quase nada. Não havia estruturas, não havia políticas, nada de nada, não havia um sistema de cuidados de saúde no que diz respeito a esta área vital”, recordou hoje Marcelo Rebelo de Sousa, no Palácio da Bolsa, no Porto, onde presidiu à cerimónia de entrega de prémios do movimento Unidos Para Ajudar (UPA).

Em frente a uma plateia de mais de uma centena de pessoas, que encheram um dos salões do Palácio da Bolsa, o Presidente da República sublinhou a urgência da sociedade portuguesa ter de “aceitar a diferença”, lutando contra discriminação das doenças mentais.

“Temos de aceitar a diferença, caso contrário não conseguimos lidar com este tipo de doenças [mental]. E lutar contra a discriminação carece deste tipo de atitudes, de mentalidade”, sublinhou o Presidente da República reconhecendo que Filipa Palha, a presidente da UPA, era uma “vencedora” e uma “lutadora” por “lutar por lutar por um mundo melhor”.

“Muito obrigada pela vossa ajuda por lutar contra a discriminação e por lutar por lutar por um mundo melhor”, declarou, dirigindo-se para a presidente do “Movimento UPA Unidos Para Ajudar. Levanta-te contra a Discriminação das Doenças Mentais” e referindo que “o mais importante é que através da Filipa Palha ” está-se a lutar por um “Portugal melhor num mundo melhor”.

Na página da Internet do movimento UPA, pode ler-se que com o devido tratamento e acompanhamento, “uma pessoa com perturbação/doença mental pode ter uma vida tão feliz e produtiva como uma pessoa que, tendo um problema de saúde física, como uma diabetes, por exemplo, desde que a doença seja tratada” e que “as pessoas com doença mental tornam-se facilmente vítimas da sua doença, veem os seus direitos violados e são discriminadas”

“A estigmatização e a discriminação são fatores chave que impedem as pessoas de obter os apoios de que precisam”, refere-se na mesma página da UPA, citando a Organização Mundial de Saúde.

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